quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Filosofia do Direito - O mito da Caverna (Platão) FILOSOFIA DO DIREITO . PROFª CIBELE MARA (10/02/09)

O Mito da CAverna (Platão) - Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui... http://scm2000.sites.uol.com.br/mitodacaverna.html

Platão de Atenas, filósofo grego, discípulo de Sócrates.
Em linhas gerais, podemos dizer que Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato permanente com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesma. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são imagens das realidades inteligíveis.

No Mito da caverna, quando falamos da caverna separada do mundo externo, nos retrata a idéia de que nós seres humanos, nos trancamos em nosso mundinho (nossa caverna) ambiente que nso remete à escuridão, ou seja, a ausência da verdade, à falta da realidade, realidade aqui chamada de luz, representada pelo sol.
Ao nos encontrarmos dentro dessa caverna, nos deparamos com uma situação muito cômoda, em uma situação extremamente confortável, pois dentro dela, só cabe o que nos interessa, a realidade não existe, só se enxerga o que se quer enxergar. Diante disso nos tormamos prisioneiros dessa caverna, vivendo na escuridão, londe da realiadade. Porém isso tem um preço, pois a realidade existe, existem pessoas, coisas e de lá de dentro vemos o que queremos ver, passamos a imaginar, a fantasiar as coisas e pessoas, pois a projetamos em sombras, nos colocamos em uma situação que nos permite viajar nessas fantasias.
A partir desse momento o prisioneiro sente-se insastifeito, o que dá vasão à curiosidade, à vontade de enfrentar as condições adversas, de enfrentar a realidade lá de fora, o que é muito difícil e doloroso, pois sempre viveu na escuridão, se escondendo da luz (da realidade), sempre viveu em seu mundo de fantasias (caverna), mas a partir desse momento de insatisfação ele procura a verdade, momento em que deixa seu "mundinho" e vai à procura da verdade, e é nesse momento em que ele se põe na condição de escolher entre a dor (a realidade/luz) e o aconhego (caverna/escuridão).
Enquanto não se decide, a luz o deslumbra, apesar da verdade doer, ela também o põe a pá da realidade, lhe mostra toda a verdade, o mundo, as coisas, como elas realmente são
e finalmente quando essa realidade começa a ser aceita, a ser enxergada, começa a desejar o conhecido. E diante de todo esse aprendizado e de todas essas descobertas, não se tem mais disposição para voltar ao seu mundo escuro e de fantasias e acaba por descobrir que durante todo esse tempo viveu completamente enganado, preso em um mundo escuro e cheio de fantasias e a partir daí surge a necessidade de querer mostrar às outras pessoas, que ainda vivem em suas cavernas, que a realidade é outra, o que acaba por resultar numa desestabilização do outro que se sente incomodado, pois não imagina a hipótese de sair de sua caverna, do seu conforto e acaba por espanca-lo, silenciá-lo e até matá-lo pois se nega a ouvir a verdade.

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